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Sejam todos bem-vindos
O conhecimento torna a alma jovem e diminui a amargura da velhice. Colhe, pois, a sabedoria. Armazena suavidade para o amanhã.
Leonardo da Vinci.
Industrialização do Brasil
É possível falarmos em industrialização no Brasil a partir do final do século XIX, período em que ocorreu o fim da escravidão no país e teve início uma forte imigração, formando um mercado consumidor interno. Antes disso, havia, no máximo, algumas indústrias isoladas, atividades artesanais e algum crescimento manufatureiro, mas não uma industrialização. Além do mais, a existência do trabalho escravo contradizia um pilar básico do desenvolvimento industrial, que é a formação de um mercado de consumo.
Fatores que contribuíram para a implantação de indústrias no Brasil:
-Imigrantes: Mao de obra, grupo de trabalhadores assalariados no Brasil, operários das indústrias e mercado consumidor.
-Lavoura cafeeira: auge no final do século XIX e início do XX. O café foi o principal produto da economia brasileira e teve grande participação no processo industrial. Desenvolveu-se principalmente em São Paulo, lucro com a venda do café, investimento na indústria
-Crise cafeeira de 1929: dificuldade de exportação de café (devido à diminuição do mercado consumidor) e na importação de máquinas e equipamentos.
-Investimentos na indústria leve: isto é, bens de consumo não duráveis (indústria têxtil, alimentícia, de móveis, gráfica, de
bebidas, etc).
-Indústria de substituição: Substituir as importações. Produzir internamente bens que eram importados de países desenvolvidos.
Após a Segunda Grande Guerra Mundial
-Nova fase de industrialização no início dos anos 1950: de um lado, empreendimentos centrados na produção de bens não- duráveis (têxtil, alimentar, gráfica, editorial, vestuário, fumo, couros e peles) e de outro, empresas inteiramente nacionais, as indústrias pesadas (siderurgia e petroquímica) com forte participação estatal.
-A “Era Vargas” divide 5 funções entre as 5 regiões do Brasil: o Sudeste seria a área industrial, o Norte (Amazônia) seria responsável por fornecer matérias-primas pra indústria do Sudeste, o Nordeste seria responsável por fornecer mão-de-obra pra indústria do Sudeste (foi quando nasceram os “paus-de-arara”), e o Sul seria responsável por fornecer comida para o Sudeste. Nesse modelo, as 5 regiões dariam todo o apoio pra indústria do Sudeste e todas elas só teriam uma opção de onde comprar produtos industriais: do Sudeste. Canalizando muitos recursos do país para cidades como São Paulo, ABC paulista, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.
-Getúlio Vargas ficou marcado por incentivar a abertura de grandes empresas com capital totalmente brasileiro, visando que o lucro não fosse enviado para fora: que ficasse dentro do Brasil para ser reinvestido dentro do nosso país.
O período militar (1964-1985):
-1964: regime militar e economia aberta ao capital estrangeiro foram instalados.
-Anos de Chumbo: Período do “Milagre Brasileiro” (política fiscal e emissão de moedas).
-Inflação: perda do poder aquisitivo da moeda nacional atingiu os assalariados.
-Ricos cada vez mais ricos e pobres ficaram mais pobres.
-Investimentos na melhora da tecnologia, restringindo a criação de empregos.
-Restrição do mercado consumidor.
-Dificuldade em elevar o nível de vida da população.
-Década de 1980: Década Perdida – estagnação econômica, comprometimento do PIB para pagamento de dívidas externas.
O neoliberalismo no Brasil (anos 90)
-Fim da Guerra Fria: abertura total do mercado aos produtos estrangeiros e política de privatizações.
-Concorrência dos importados X descompromisso do Estado com setores essenciais da economia.
-Governos neoliberais: Fernando Collor de Melo, Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso (2 mandatos) e Luís Inácio Lula da Silva(2 mandatos).
- Lula, mesmo filiado ao Partido dos Trabalhadores, de esquerda, deu continuidade às políticas econômicas.
-Atualmente, grande concentração industrial no Sudeste.
-Dispersão das indústrias procurando reduzir custos de produção.
Classificação das indústrias
O setor industrial de transformação pode ser classificado quanto ao tipo de indústria. Assim, podemos falar em:
-Indústria de base: É a indústria que vai produzir para outros setores industriais. Podemos aí incluir o setor pesado como a siderurgia, a química e os de equipamentos e máquinas como a mecânica e metalúrgica.
-Indústria de bens de consumo: Indústria produz diretamente para o consumidor final. Pode ser subdividida em durável (consumo e/ou reposição de longo prazo) como a automobilística, eletroeletrônicos, e não-durável (consumo e/ou reposição de curto prazo) como a têxtil e alimentícia.
Localização das indústrias
A concentração das indústrias em determinados lugares depende de certos fatores que passamos a analisar abaixo:
-Oferta de energia: Um dos insumos mais importantes para o setor industrial é a energia. Determinados setores consomem muita energia, como a indústria de base.
-Proximidade de matérias-primas: É mais importante no caso de setores industriais que lidam com grandes volumes de matéria-prima, como o setor pesado. A siderurgia, por exemplo, necessita de grandes quantidades de ferro e manganês. Essa proximidade reduz o custo com o transporte e garante maior eficiência na continuidade das atividades desenvolvidas pela empresa.
-Mão-de-obra disponível: Isso explica o porquê das indústrias concentrarem-se em áreas urbanas onde podem contar com essa oferta de mão-de-obra. Evidentemente, alguns setores requerem mão-de-obra mais qualificada e procuram cidades onde existam centros universitários e de pesquisa.
-Mercado consumidor: No caso das indústrias de bens de consumo, a proximidade do mercado consumidor reduz o custo final do produto no varejo pelo menor custo do transporte até os pontos de venda. Grandes concentrações urbanas atraem mais indústrias que, assim, podem ficar próximas de um grande mercado consumidor.
-Rede de transportes: Essencial para garantir a circulação das matérias-primas, da energia e do produto acabado. A saturação dos transportes em algumas áreas urbanas tem afugentado algumas empresas desses locais. Políticas de fomento ao desenvolvimento industrial incluindo isenções de impostos e facilidades para exportação. Assim como é importante também entender que o elevado custo da mão-de-obra, movimento sindical forte e problemas como enchentes, espaço físico disponível (para uma eventual expansão) e falta de segurança motivam indústrias a procurarem novos locais para sua instalação.
Setores da Economia
A economia de um país pode ser dividida em setores (primário, secundário e terciário) de acordo com os produtos produzidos, modos de produção e recursos utilizados. Estes setores econômicos podem mostrar o grau de desenvolvimento econômico de um país ou região.
Setor Primário:
-Produção através da exploração de recursos da natureza.
-Agricultura, mineração, pesca, pecuária, extrativismo vegetal e caça.
-Fornece a matéria-prima para a indústria de transformação.
-Países com economias baseadas neste setor econômico, não geram riquezas apenas com a produção e exportação de matéria- prima, pois não possuem valores agregados como os produtos industrializados.
-É muito vulnerável, pois depende muito dos fatores da natureza: clima.
Setor Secundário:
-Transforma as matérias-primas (produzidas pelo setor primário) em produtos industrializados.
-Roupas, máquinas, automóveis, alimentos industrializados, eletrônicos, casas.
-Conhecimento tecnológico agregado aos produtos: lucro obtido na comercialização é significativo.
-Países com bom grau de desenvolvimento: economia concentrada no setor secundário.
-A exportação destes produtos também gera riquezas para as indústrias destes países.
Setor Terciário:
-Relacionado aos serviços. São produtos não materiais em que pessoas ou empresas prestam a terceiros para satisfazer determinadas necessidades.
-Comércio, educação, saúde, telecomunicações, serviços de informática, seguros, transporte, serviços de limpeza, serviços de alimentação, turismo, serviços bancários e administrativos, transportes.
-Marcante nos países de alto grau de desenvolvimento econômico.
